Criança internada em ala psiquiátrica após erro da polícia neozelandesa

A menina de 11 anos, que sofre de incapacidade verbal, ficou durante mais de 12 horas no hospital.

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Notícias ao Minuto
02/04/2025 11:35 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

Mundo

Nova Zelândia

Uma criança de 11 anos foi 'presa', foram-lhe administrados medicamentos anti-psicóticos, tendo sido colocada numa ala para saúde mental, depois de a polícia da Nova Zelândia a ter confundido com uma mulher desaparecida. O sucedido foi revelado num relatório esta quarta-feira.

 

Segundo noticia o The Guardian, as autoridades e as equipas de saúde estão a esforçar-se para explicar a confusão que tem horrorizado os líderes políticos e gerado indignação por todo o país.

A menina, que tem "capacidade verbal limitada", estava a atravessar uma ponte no norte da cidade de Hamilton, quando um carro da polícia passou e, erradamente, identificou a criança como sendo uma mulher, de 20 anos, que fugiu de um hospital, segundo o relatório citado pelo jornal britânico.

As autoridades levaram a menina de 11 anos para o hospital, onde foi internada numa "unidade de cuidados psiquiátricos intensivos", apesar de uma enfermeira ter alertado que ela "parecia uma criança".

"A paciente 'A' vive com uma incapacidade, o que significa que ela não consegue dizer às pessoas quem é", refere o relatório do ministério da Saúde sobre a menina.

Depois de se ter recusado a tomar a medicação dada pela equipa de saúde, a menina foi 'presa', tendo-lhe sido administrada uma medicação que "raramente é dada a uma criança".

"A equipa médica estava a trabalhar acreditando que estava a administrar medicação a um adulto, não a uma criança", lê-se.

O The Guardian escreve que a menina passou mais de 12 horas no hospital até que a polícia se apercebeu do erro e chamou a família da menor para que a fossem buscar.

"Gostaria de começar por me desculpar a esta criança e à sua família pelo trauma e pela angústia que foi causado", disse um membro da equipa de saúde, acrescentando que "é necessário que não se volte a repetir".

O primeiro-ministro neozelandês, Christopher Luxon, pediu uma investigação quando o caso veio à tona, na semana passada: "Isto é angustiante e preocupante".

"Como pai, consigo identificar-me com o conjunto de circunstâncias terríveis. Tenho uma enorme empatia por ela e pela sua família", notou.

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