Xi demite n.º 2 do exército. Corrupção será motivo de saída de general

He Weidong é o primeiro general no cargo a ser afastado em 60 anos. A publicação Financial Times dá conta de que este foi o "ato mais dramático" na campanha contra a corrupção levada a cabo pelo presidente da China, Xi Jinping.

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Notícias ao Minuto
10/04/2025 23:59 ‧ há 6 dias por Notícias ao Minuto

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China

O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, despediu um general de topo do Exército de Libertação Popular, o primeiro afastamento de um responsável neste cargo em 60 anos. A notícia é avançada pela publicação Financial Times, que dá conta de que este é o "ato mais dramático na sua campanha anticorrupção."

 

Este general de topo, He Weidong, de 67 anos, era membro do órgão executivo do Partido Comunista. De acordo com o que cinco fontes próximas explicaram ao Financial Times (FT), o afastamento aconteceu nas últimas semanas. He Weidong seria o mais jovem de dois 'vices' da Comissão Militar Central (CMC) da China, liderada por Xi Jinping.

A saída de Weidong acontece seis meses depois de Xi suspender Miao Hua do CMC por "sérias infrações de disciplina", uma frase que, segundo o FT é usada para quem se quer referir à corrupção no sistema militar chinês.

Notícias ao Minuto He Weidong© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images  

No entanto, a suspensão de He Weidong será, devido à sua posição, uma situação bem mais séria. Já havia suspeitas de que o responsável tinha sido afastado, dado que nas últimas semanas este não compareceu a eventos em que pessoas no seu cargo deveriam estar.

Uma das pessoas com quem o Financial Times falou referiu que o general estava a ser interrogado desde a sua detenção, não dando detalhes sobre há quanto tempo esta situação decorreria.

"O facto de Xi Jinping poder 'limpar' um vice-presidente do CMC mostra a seriedade com que pretende acabar com a corrupção nas forças armadas", afirmou Neil Thomas, um especialista em política chinesa.

"Xi quer transformar o Exército de Libertação Popular numa força de combate eficaz para além das fronteiras da China, mas também num completo servidor da sua agenda interna", acrescentou, dando conta de que esta força era "fundamental", principalmente numa altura como a atual, em que uma guerra comercial está à beira de Pequim - e do mundo.

Nos últimos dois anos, Xi Jinping dispensou também dois ministros da Defesa, cargos que representa, segundo escreve o FT, um papel mais diplomático.

Leia Também: Tarifas dos EUA em produtos da China atingem os 145%. Casa Branca explica

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