A juíza distrital Dabney Friedrich, de Washington, recusou conceder uma injunção aos queixosos, mais de duas dezenas de igrejas cristãs e judaicas, representativas de milhões de americanos, que argumentam que a política viola o direito de praticar a sua religião.
As ações de fiscalização da imigração conduzidas dentro ou à volta de igrejas ou outros locais de culto, justificou a magistrada nomeada por Trump durante o seu primeiro mandato presidencial, são poucas e as provas não mostram "que os locais de culto estão a ser escolhidos como alvos particulares".
Desde que o Presidente Donald Trump assumiu o cargo em janeiro, refere a queixa, a participação de fiéis diminuiu significativamente, com algumas áreas a apresentarem quedas percentuais de dois dígitos.
A juíza, no entanto, concluiu que os queixosos não demonstraram que tal estivesse definitivamente ligado a uma política específica para as igrejas, em oposição a ações mais amplas do Serviço de Imigração e Alfândegas ou de outras agências.
"As provas sugerem que os fiéis estão a ficar em casa para evitar o contacto com o ICE nos seus próprios bairros, não porque as igrejas ou sinagogas sejam locais de alto risco", escreveu a juíza na sua deliberação.
Para Friedrich, isto significa que simplesmente reverter a política sobre os locais de culto não implicaria necessariamente que os imigrantes regressariam à igreja.
A 20 de janeiro, o primeiro dia do seu segundo mandato, Trump revogou uma política do Departamento de Segurança Interna que limitava os locais onde poderiam ocorrer detenções de migrantes.
A sua nova política determina que os agentes de campo, com "bom senso" e "discrição", podem conduzir operações de fiscalização da imigração em locais de culto sem a aprovação de um supervisor.
Os advogados dos queixosos alegaram que a nova diretiva de Segurança Interna se afasta da política governamental de 30 anos contra a realização de operações de fiscalização da imigração em "áreas protegidas" ou "locais sensíveis".
Em fevereiro, um juiz federal em Maryland decidiu contra a administração Trump num caso semelhante interposto por uma coligação de vários grupos religiosos, como os Quakers.
A ordem do juiz distrital dos EUA Theodore Chang nesse caso foi limitada a este grupo de queixosos.
Noutro processo sobre a reversão de uma política semelhante que tinha limitado as detenções de imigrantes nas escolas, um juiz no Colorado tomou o partido da administração Trump.
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