O ex-governador da região russa de Kursk, Alexei Smirnov, foi detido e acusado de desvio de fundos destinados à construção de fortificações na fronteira com a Ucrânia. Smirnov, que era o chefe da região no início da incursão das tropas ucranianas, irá ficar detido preventivamente durante os próximos meses.
"O tribunal deferiu o pedido dos investigadores e escolheu uma medida preventiva para o ex-governador da região de Kursk, Alexei Smirnov, na forma de detenção até 15 de junho", informou o Tribunal de Meshchansky, em Moscovo, citado pela agência de notícias russa TASS.
Além de Smirnov, que foi governador da região de Kursk entre maio e dezembro de 2024, foi também detido o seu adjunto, Alexei Dedov.
O Ministério do Interior russo adiantou que as acusações dizem respeito a fundos destinados à construção de estruturas defensivas na região e que o caso está relacionado com outras detenções anteriores de três funcionários e empresários de Kursk.
No total, segundo a TASS, Smirnov está acusado de desviar mil milhões de rublos (cerca de 10 milhões de euros).
Smirnov deixou o cargo em dezembro de 2024, após apenas alguns meses à frente desta região que faz fronteira com a Ucrânia. De acordo com o decreto da altura, saiu de livre vontade.
Nos últimos meses, o exército russo retomou a quase totalidade do território ocupado pela Ucrânia na região de Kursk.
Em 13 de abril de 2025, as forças ucranianas controlavam apenas duas aldeias fronteiriças e pequenas áreas com cerca de 50 km2, de acordo com a análise da agência de notícias AFP dos dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla inglesa), um grupo de reflexão americano.
Kyiv e Moscovo assinaram uma trégua que visa ataques a infraestruturas energéticas com ambos os lados a denunciarem repetidas violações.
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