China e Camboja assinam acordos de cooperação durante visita de Xi

China e Camboja assinaram mais de 30 acordos de cooperação bilateral durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Phnom Penh, onde termina hoje um périplo pelo Sudeste Asiático.

Notícia

© ATHIT PERAWONGMETHA/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
18/04/2025 06:46 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Xi Jinping

Xi, que chegou ao Camboja na quinta-feira, encontrou-se com o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, e com o presidente do Senado, Hun Sen, o veterano antigo primeiro-ministro e pai do atual líder.

 

Os líderes dos dois países testemunharam a assinatura de mais de 30 tratados de cooperação bilateral em domínios como a produção e as cadeias de abastecimento, a inteligência artificial ou a ajuda ao desenvolvimento e ao acesso à saúde, informou hoje a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

O comunicado conjunto da visita destacou a relação "profunda e forte" das duas nações e instou Phnom Penh e Pequim a trabalharem em conjunto para manterem a estabilidade nas "cadeias de abastecimento" e a colaborarem na construção de infraestruturas e na promoção do investimento chinês em projetos cambojanos.

A visita de Xi ao Sudeste Asiático, que o levou também ao Vietname e à Malásia, visa reforçar os laços da China com a região, numa altura de tensões comerciais globais devido às "tarifas recíprocas" impostas pelos Estados Unidos.

O Camboja, um dos principais exportadores de vestuário e calçado para os EUA, recebeu uma tarifa de 49% de Washington, a segunda mais elevada do mundo depois do Lesoto (50%), antes de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter decidido suspender as taxas durante 90 dias na semana passada.

A China é um importante parceiro e credor do Camboja e Pequim investiu milhares de milhões de dólares em projetos de infraestruturas, como aeroportos, pontes e estradas.

Entre os projetos para os quais Phnom Penh pretende obter o apoio financeiro de Pequim, conta-se a construção de um canal fluvial que ligará a capital à costa da província de Kep, no sul do Camboja, com um custo estimado em cerca de 1,7 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) e que permitirá o acesso ao Mar do Sul da China.

A parceria no domínio da Defesa também cresceu nas últimas décadas, como demonstra a ajuda de Pequim na renovação e expansão da base naval de Ream, na província meridional de Sihanoukville, que reabriu na semana passada.

A China nega que venha a utilizar militarmente a base, ao contrário da opinião dos especialistas, que salientam que se trata de uma base estrategicamente localizada perto do disputado Mar do Sul da China, onde Pequim disputa a soberania de ilhas e ilhotas com países como o Vietname, as Filipinas, a Malásia e o Brunei.

Leia Também: Xi inicia visita ao Camboja no final de périplo pelo Sudeste Asiático

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas