O Ministério dos Negócios Estrangeiros, da 'Commonwealth' e do Desenvolvimento britânico declarou em comunicado que "está a apoiar as famílias de um casal britânico que morreu em Itália e está em contacto com as autoridades locais", adiantou a agência AP.
Na sexta-feira, um dia depois do acidente, um porta-voz do presidente da Câmara de Vico Equense tinha dito que os dois eram irmãos, mas confirmou hoje que isso se baseava em informações incorretas.
Uma mulher árabe com cidadania israelita foi a terceira vítima estrangeira a ser identificada na sequência do acidente de quinta-feira.
A quarta vítima era o condutor italiano do teleférico.
Um quinto turista, que diz ser o irmão da vítima israelita, encontra-se em estado estável, mas crítico, num hospital de Nápoles, segundo as autoridades.
As informações iniciais sugerem que um cabo de tração poderá ter-se partido quando o teleférico subia o Monte Faito, na cidade de Castellammare di Stabia.
O teleférico caiu numa ravina depois de parar muito perto da estação, no topo do pico, a cerca de 1.050 metros de altitude.
Dezasseis passageiros foram retirados de um outro teleférico que também ficou preso no ar, perto do sopé da montanha, após o incidente.
O acidente ocorreu apenas uma semana após a reabertura do teleférico - que é popular pelas suas vistas do Monte Vesúvio e da Baía de Nápoles - para a temporada.
O teleférico recebe em média cerca de 110.000 visitantes por ano.
Os serviços de emergência, incluindo o salvamento alpino italiano, mais de 50 bombeiros, a polícia e operacionais da proteção civil, trabalharam durante a noite em condições meteorológicas severas, com névoa e ventos fortes que dificultaram as operações de resgate.
"O cabo de tração partiu-se. O travão de emergência a jusante funcionou, mas evidentemente não o da cabina que estava a entrar na estação", disse o presidente da Câmara de Castellammare di Stabia, Luigi Vicinanza, na quinta-feira, citou a AP.
O autarca acrescentou ainda que foram efetuados controlos de segurança regulares na linha do teleférico, que percorre três quilómetros desde a cidade até ao topo da montanha.
Os procuradores locais abriram uma investigação sobre um possível homicídio involuntário, que envolverá uma inspeção das estações de cabo, dos pilares, das duas cabinas e do cabo, disseram as autoridades na sexta-feira.
A empresa que gere o serviço, a Ente Autonomo Volturno (EAV), informou que o teleférico sazonal foi reaberto com todas as condições de segurança exigidas.
"A reabertura ocorreu há uma semana, depois de três meses de testes todos os dias, dia e noite", disse o presidente da EAV, Umberto De Gregorio.
"Isto é algo inexplicável", declarou.
De Gregorio disse que os especialistas técnicos consideraram que não havia qualquer relação entre o mau tempo e a causa do acidente.
"Existe um sistema automático. Quando o vento excede um determinado nível, o teleférico para automaticamente", sublinhou.
O teleférico de Monte Faito foi inaugurado em 1952. Quatro pessoas morreram em 1960 quando um pilar se partiu.
A Itália registou dois acidentes mortais semelhantes com teleféricos nos últimos anos.
Em maio de 2021, um acidente com um teleférico no norte de Itália matou 14 pessoas, incluindo seis israelitas, entre os quais uma família de quatro pessoas.
Em 1998, um jato militar americano que voava a baixa altitude cortou o cabo de um teleférico de esqui, em Cavalese, nas Dolomitas, matando 20 pessoas.
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