Durante uma visita a Logo e Ukum, as duas comunidades atacadas, Hycinth Alia, citado pela agência de notícias Efe, referiu que a recuperação de corpos continua.
"Desde que começaram os ataques, temos estado a recuperar cadáveres. Hoje o número aumentou para 27 em Logo. Em Ukum, as forças de segurança recuperaram mais de 28 corpos", acrescentou.
Num comunicado divulgado na sexta-feira, a porta-voz da polícia estadual, Catherine Anene, anunciou que tinham morrido 17 pessoas nos ataques, salientando que, no momento em que o balanço preliminar foi divulgado, as forças de segurança nigerianas continuavam em confrontos com os atacantes, enquanto tentavam pôr cobro à ofensiva.
De acordo com um residente de Ukum, Jeremiah Paul, em declarações à Efe, os atacantes são pastores Fulani e a violência foi completamente injustificada.
Os pastores Fulani, maioritariamente muçulmanos, entram frequentemente em conflito com as comunidades camponesas, maioritariamente cristãs, devido a diferenças na utilização das terras e dos recursos naturais.
Na semana passada, pelo menos 53 pessoas foram mortas num ataque também atribuído a pastores Fulani no estado de Plateau, no centro da Nigéria, uma região abalada por uma onda de violência que também provocou mais de 50 mortos entre o final de março e o início de abril.
O estado de Plateau fica na fronteira entre o norte predominantemente muçulmano e o sul predominantemente cristão, e tem sofrido com conflitos, além de tensões étnicas e religiosas, há anos.
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