Trump planeia reduzir significativamente presença diplomática em África

Os Estados Unidos poderão reduzir consideravelmente a sua presença diplomática em África, no âmbito de uma "reorganização estrutural total" do Departamento de Estado, segundo um projeto de decreto presidencial consultado hoje pela AFP.

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© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
20/04/2025 18:27 ‧ ontem por Lusa

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O documento prevê uma revisão do departamento, que é o coração da diplomacia dos Estados Unidos, até 1 de outubro, com o objetivo de "racionalizar a execução das missões, promover o poder norte-americano no estrangeiro, reduzir o desperdício, a fraude e o abuso" e "alinhar o Departamento de Estado com a doutrina estratégica da América Primeiro".

 

O atual gabinete para África será abolido e substituído por um Gabinete do Enviado Especial para os Assuntos Africanos, que responderá perante o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e não perante o Departamento de Estado.

"Todas as embaixadas e consulados não essenciais na África Subsaariana serão encerrados", lê-se no projeto de decreto, e todas as restantes missões ficarão sob a autoridade de um enviado especial.

O plano inclui a abolição dos gabinetes do Departamento de Estado responsáveis pelas alterações climáticas, democracia e direitos humanos.

A maior mudança é a reorganização da presença diplomática dos EUA em quatro regiões diferentes: Eurásia, Médio Oriente, América Latina e Ásia-Pacífico.

A embaixada dos Estados Unidos na capital canadiana, Otava, também será "substancialmente reduzida", uma vez que Donald Trump continua a alimentar ambições expansionistas em relação ao Canadá, que descreve como o "51.º Estado americano".

Este projeto de decreto faz parte de uma série de medidas tomadas pelo Presidente, Donald Trump, para reduzir as iniciativas de 'soft power' dos EUA e o seu questionamento de alianças de longa data, incluindo com a NATO.

Na semana passada, vários meios de comunicação social norte-americanos noticiaram potenciais cortes drásticos no orçamento do Departamento de Estado, que resultariam no fim do financiamento de organizações internacionais como a ONU e a NATO.

O plano foi inicialmente revelado pelo New York Times e desmentido hoje pelo chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio.

"Trata-se de uma informação falsa", escreveu na rede social X, insistindo que o jornal tinha sido "vítima de mais um embuste".

Leia Também: Consulado dos EUA fecha em Ponta Delgada? MNE "sem conhecimento formal"

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