A mesma fonte precisou que não foram registados feridos.
"Os guardas prisionais e os centros de detenção foram novamente visados por ataques ontem [domingo] à noite", disse o ministro da Justiça, Gérald Darmanin, na rede social X, acrescentando que estará "em contacto com estes funcionários ao longo do dia".
Gérald Darmanin informou que "ninguém ficou ferido", mas que "estes atos constituem uma intimidação contra a República", numa altura em que França está "a restaurar a autoridade e a ordem" nas prisões.
"Este é um momento difícil mas essencial para o Estado e os seus agentes", afirmou, garantindo que as forças da ordem irão agir de forma célere para "prender rapidamente os autores e pôr termo a estas desordens".
Este novo episódio de violência, sobre o qual não foram dados pormenores precisos, surge depois de várias prisões francesas terem sido alvo de ataques coordenados na semana passada por um novo grupo misterioso identificado por "DDPF", um acrónimo que as autoridades consideram ser "Direitos dos Prisioneiros Franceses".
Embora estejam também a ser investigadas as ligações entre estes ataques e o tráfico de droga, as quatro letras têm aparecido nas paredes de algumas prisões, bem como em 'graffitis' nos carros dos funcionários penitenciários estacionados perto dos estabelecimentos prisionais e que foram incendiados.
Para o Governo francês, estes ataques são uma resposta à sua política de luta contra os grupos de tráfico de drogas e à sua intenção de agrupar os principais chefes destes grupos numa prisão de segurança máxima, na sequência da morte de dois guardas prisionais durante a fuga de um narcotraficante em maio do ano passado.
Numa mensagem publicada numa página da plataforma Telegram, que foi posteriormente encerrada, o grupo DDPF alegou pretender "defender os direitos humanos dentro das prisões".
Os primeiros atos de violência tiveram lugar na semana passada, quando sete veículos foram incendiados num parque de estacionamento da Escola Nacional de Administração Penitenciária (Enap) em Agen, no sudoeste de França, e no centro penitenciário de Réau, na região parisiense, segundo fontes próximas do caso.
Seguiram-se atos de vandalismo em diferentes noites em locais como Toulon (sul), Melun (sudeste de Paris), Chalons-en-Champagne (leste), Valence (sudeste) e Nimes (sul).
Os investigadores antiterroristas da PNAT assumiram a investigação de todos os ataques aos estabelecimentos prisionais, que ainda não foram reivindicados.
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