Paris condena revogação de viagens de delegações em Israel

A França condenou esta terça-feira a decisão israelita de revogar as autorizações de viagem a duas delegações francesas "dirigidas por associações" que Israel considera ligadas a organizações terroristas.

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Lusa
29/04/2025 14:18 ‧ há 5 horas por Lusa

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Estas associações trabalham "em prol da cooperação descentralizada (Associação para a geminação entre os campos de refugiados palestinianos e as cidades francesas e Cidades Unidas de França)", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine.

 

"As acusações públicas da embaixada de Israel em França de uma ligação entre estas associações e organizações terroristas são inaceitáveis", acrescentou.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês apelou ainda às autoridades israelitas para que "anulem estas decisões, que penalizam aqueles que trabalham para uma paz duradoura entre israelitas e palestinianos".

Na segunda-feira, a embaixada israelita em França indicou que "o Estado de Israel não autorizaria o acesso a qualquer pessoa ou delegação ligada ou convidada pela Rede de Cooperação Descentralizada para a Palestina (RDCP) ou pela Associação França Palestina Solidariedade (AFPS)", numa publicação na rede social X.

Segundo a Embaixada de Israel em França, estas duas organizações estão "ligadas à Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP)", o movimento comunista de Georges Habash que, como todos os grupos palestinianos, tem um braço armado.

A FPLP é "designada como organização terrorista pela União Europeia", insistiu a embaixada israelita.

Na quarta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros de França, Alemanha e Reino Unido pediram que Israel levante o bloqueio à ajuda humanitária na Faixa de Gaza, que coloca os civis palestinianos em risco de fome, epidemias e morte.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, o conflito já provocou mais de 50 mil mortos.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.218 pessoas, a maioria civis.

Os islamitas também raptaram 251 pessoas, 58 das quais continuam reféns em Gaza, 34 já mortas, segundo o Exército de Israel.

Em 15 de abril, após o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter publicado uma mensagem a favor do reconhecimento da Palestina, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestou-lhe a sua "firme oposição" à criação de um Estado palestiniano, considerando que isso "constituiria uma enorme recompensa para o terrorismo".

Depois de uma conversa entre os dois líderes, o gabinete de Netanyahu afirmou em comunicado que o israelita transmitiu a Macron que na Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "as crianças são educadas para destruir Israel e são dadas recompensas financeiras aos assassinos de judeus".

Leia Também: Israel rejeita acusações de genocídio e diz que Amnistia é organização radical

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