Guterres recebeu na segunda-feira, em Nova Iorque, o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Asaad al Shaibani, a quem destacou a importância de os sírios escolherem o futuro do país de "forma pacífica, independente e democrática".
O porta-voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric, disse que Guterres e Shaibani discutiram "os esforços para aumentar a assistência humanitária aos civis necessitados na Síria".
Falaram também na necessidade de "trabalhar para a recuperação económica e o levantamento progressivo das sanções" contra a Síria, segundo um comunicado citado hoje pela agência de notícias espanhola Europa Press.
Guterres manifestou-se ainda preocupado com as "violações do acordo de retirada israelo-sírio de 1974", face aos bombardeamentos israelitas no território sírio e à ocupação de partes do país após a queda do regime de Assad numa ofensiva jihadista e rebelde.
A ofensiva bem-sucedida dos jihadistas e rebeldes, liderados pelo Hayat Tahrir al Sham (HTS), levou à fuga de Assad para a Rússia e à instalação de novas autoridades chefiadas pelo líder do grupo rebelde, Ahmad al-Charaa.
O novo governo apelou ao levantamento das sanções e prometeu trabalhar no sentido de uma transição pacífica.
Comprometeu-se também a defender os direitos das mulheres e das minorias, perante as preocupações internacionais quanto ao risco de uma deriva repressiva devido ao papel dos jihadistas na liderança do país.
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