Relatos de escravas sexuais às mãos do Estado Islâmico

Milhares de mulheres foram escravizadas pelo Estado Islâmico, umas conseguiram fugir, outras foram resgatadas ou morreram ou então ainda se encontram presas pelos radicais. A BBC teve acesso ao testemunho de duas jovens que contaram as suas experiências.

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Notícias Ao Minuto
22/12/2014 21:50 ‧ 22/12/2014 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Terrorismo

O Estado Islâmico tem feito milhares de meninas e mulheres de minorias étnicas escravas sexuais. Algumas sobreviventes destes terríveis abusos contaram à BBC as suas experiências.

Hannan, de 18 anos, viveu sob ordem dos radicais do Estado Islâmico desde agosto. Os terroristas aprisionaram-na juntamente com mais 200 mulheres e levaram-na para um mercado de escravos. Ali, as vítimas eram examinadas como se fossem animais e os compradores viam os dentes das prisioneiras e regateavam o preço das que achavam melhores.

“Disparavam para o ar para nos assustar. Levavam quem lhes apetecia levar, à força. Estávamos sempre a chorar. Queríamos suicidar-nos mas não tínhamos forma de o fazer”, recorda.

As mulheres eram violadas e os homens yazidis eram obrigados a rezar a Alá cinco vezes por dia para garantir a sobrevivência das escravas sexuais do Estado Islâmico.

“Chorámos muito, de mãos dadas. Perguntámos aos combatentes do Estado Islâmico porque estavam a fazer aquilo. Mas só nos responderam à paulada”, conta.

Outra jovem, ‘Kharma’, também relatou os abusos a que foi submetida, mas acabou por ser resgatada pela família que pagou três mil dólares (2,45 mil euros) pela sua liberdade.

A BBC estima que pelo menos 3.500 mulheres e meninas yazidi passem este Natal nas mãos dos terroristas, como escravas sexuais.

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