Tom Wainwright é autor de ‘Narconomics’ (um livro sobre o funcionamento dos grandes cartéis de droga, como proliferam e como combatê-los) e antigo responsável pela delegação do The Economist na Cidade do México, explica o Business Insider.
É de esperar, portanto, que conheça a fundo o funcionamento deste tipo de organização criminosa, um negócio ilegal que vale mais de 300 mil milhões de dólares. Wainwright esclarece que, surpreendentemente, estes grupos funcionam exatamente como grandes empresas.
Assim sendo, qual é a razão para que a maior parte dos membros de cartéis sejam adeptos das tatuagens extensivas, muitas vezes dos pés à cabeça?
Porque torna muito mais fácil aos líderes dos cartéis garantir o controlo e a fidelidade dos seus membros. O facto de estarem muito tatuados faz com que tenham muita dificuldade em encontrar emprego fora daquela ‘área’, num emprego legal.
Mais ainda: estes ‘soldados’ normalmente têm tatuagens relativas ao cartel ou gangue que os contrata, nem sempre por iniciativa própria – alguns exigem tatuagens visíveis como prova de fidelidade.
Portanto, são os próprios gangues a ‘marcar’ os funcionários como forma de controlo e como garantia de que não vão abandonar o grupo para ingressar numa organização rival. Assim sendo, tornam-se mais baratos e mais vulneráveis.