ONU junta dirigentes da Guiné-Bissau em busca de um pacto de estabilidade

As Nações Unidas promovem hoje e quinta-feira um encontro com responsáveis políticos, militares e elementos da sociedade civil numa discussão sobre os caminhos que possam levar a um pacto de estabilidade do país.

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Lusa
27/04/2016 16:47 ‧ 27/04/2016 por Lusa

Mundo

Miguel Trovoada

No seu discurso de abertura do encontro que junta mais de 200 convidados, o representante da ONU em Bissau, Miguel Trovoada, disse que a sua instituição "apenas promove o diálogo".

"Não nos cabe a nós, ONU, ou à comunidade internacional dizer aos guineenses o que deve ser feito, apenas promovemos o diálogo", afirmou Trovoada.

O representante da ONU diz que "várias tentativas" foram feitas na Guiné-Bissau, visando encontrar mecanismos para a estabilização do país, mas que "nunca havia uma base sólida", o que, afirma, existe nos debates hoje iniciados.

Para os encontros que decorrem na sala da plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP), a ONU preparou um documento distribuído aos presentes tendo em vista "apresentar subsídios", indicou Miguel Trovada.

No final, pretende-se que os próprios guineenses alcancem um entendimento sobre os mecanismos para a fixação de um pacto de estabilidade para o país, notou ainda o representante da ONU.

Rui Marques, especialista português em questões de construção de consensos, proposto pela ONU como facilitador dos debates, disse que "um processo inclusivo" baseado no conceito africano de Ubuntu [partilha] seria o "melhor caminho a seguir pelos guineenses".

Marques, diretor da Academia Ubuntu da Guiné-Bissau, que se dedica à formação de jovens para a liderança, notou que qualquer sociedade "está interligada" pelo que em caso de sucesso ou de derrota todos ficam afetados, sublinhou.

O conceito Ubuntu baseia-se na ideia de que "eu sou porque tu és".

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