"Os valores da liberdade, justiça, respeito dos direitos humanos e dos povos são ainda hoje os fundamentos da coesão da nossa sociedade e os pilares sobre os quais se apoia a construção da Europa", disse o presidente italiano, Sergio Mattarella, numa mensagem às forças armadas.
Uma parada militar pelos fóruns imperiais da cidade, uma cerimónia no monumento do soldado desconhecido, e a passagem dos "Frecce tricolori", patrulha acrobática da força aérea italiana, marcaram estas comemorações, às quais assistiram Mattarella e o primeiro-ministro, Matteo Renzi.
A novidade deste ano foi o desfile de 400 presidentes de câmara, ao lado da parada militar, três dias antes da primeira volta das eleições municipais em várias localidades italianas, incluindo Roma.
A 2 de junho de 1946, os italianos - e pela primeira vez as mulheres - votaram a favor da criação da República e elegeram uma assembleia constituinte.
A Itália atravessa novamente um período de renovação constitucional, para tornar as instituições mais modernas e eficazes.
Em outubro, os italianos vão votar em referendo uma importante reforma, já aprovada em abril pelo parlamento, que limita os poderes do Senado e deverá resultar em maior estabilidade governamental. Desde 1945, a Itália conheceu 63 governos.
Da reforma do mercado de trabalho à modernização da vida política, para responder aos desafios da migração, terrorismo e austeridade na Europa, o governo de centro-esquerda de Renzi conseguiu romper com um certo imobilismo do passado.