O presidente da região da Apúlia, Michele Emiliano, disse a jornalistas que contrariamente a informação anterior, que estabelecia em 27 o número de mortos, são 23 as vítimas mortais do acidente e que não há desaparecidos.
O acidente ocorreu quando os dois comboios circulavam a velocidades entre 100 e 110 quilómetros por hora na mesma linha e num trajeto em curva, o que terá impedido os maquinistas de se aperceberem e poderem começar a travar
O ministro italiano das Infraestruturas e Transportes, Graziano Delrio, explicou à Câmara dos Deputados, em Roma, que foi criada uma comissão de inquérito para apurar eventuais responsabilidades pelo acidente.
Apesar das declarações de Michele Emiliano, a descoberta de partes de corpos na zona do desastre levou a imprensa a admitir que o número de mortos podia ser superior, até pela existência de relatos de pessoas que indicam que têm familiares desaparecidos depois do acidente.
O acidente deu-se na terça-feira pouco antes do meio dia. Hoje a Câmara debateu o estado das linhas ferroviárias e Delrio admitiu perante os deputados que o trecho de 37 quilômetros de via única, onde a tragédia ocorreu, tem um sistema de comunicação por telefone entre as estações que, basicamente, serve para impedir que mais de um comboio circule na mesma linha e em direção oposta.
O ministro disse que há 2.700 quilómetros de caminho-de-ferro de via única em todo o país, de um total de 3.000 de redes consideradas secundárias. A Itália tem uma rede de mais de 16 mil quilómetros.