"A situação é terrível". A noite do golpe de Estado por quem lá vive

Jovens com posições diferentes mostraram como foi vivida a noite em Istambul.

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Inês André de Figueiredo, Marina Gonçalves e Vânia Marinho
16/07/2016 01:06 ‧ 16/07/2016 por Inês André de Figueiredo, Marina Gonçalves e Vânia Marinho

Mundo

Turquia

Efkan Akpulat, jovem turco que fez Erasmus em Lisboa, garante, em declarações ao Notícias ao Minuto, que “todas as pessoas estão na rua”, “mesmo as que não apoiam Erdogan”. Apesar de realçar que a maioria das pessoas está a favor do presidente turco, o estudante de jornalismo explica que “ninguém concorda com a situação” e com o golpe de Estado levado a cabo pelos militares.

O jovem salvaguarda que as pessoas não esquecem a história da Turquia e que “a revolução nunca ajuda” a resolver os problemas. Porém, garante que tem medo pelo país, principalmente pela imagem da Turquia e pela economia, mas não tanto pela sua vida.

A morar em Istambul, Akpulat refere que a população marchou contra os soldados e tomou o controlo dos tanques militares que estavam a ser utilizados pelo exército, o que fez com que os soldados acabassem por se render.

Efkan Akpulat sublinha ainda que não houve luta entre soldados e civis, garantindo que não estamos perante uma guerra civil, pelo menos por enquanto. Referindo que o golpe de Estado foi totalmente “inesperado”, o jovem afirma não querer acordar com um país sob o controlo da força militar.

Por outro lado, e com uma visão mais pessimista, uma jovem turca estudante de química, que prefere não ser identificada, garantiu que “a situação é terrível” e que sente “medo”. “Nós não temos liberdade”, atira.

A testemunha frisa que Ancara não corresponde à imagem que se tenta passar e, questionada pelo Notícias ao Minuto, relata que continua a ter acesso às redes sociais mas que é possível que assim não seja para todo o país.

Contudo, recorda que as televisões estão encerradas, que não são transmitidas notícias e que as informações são dadas apenas pela internet.

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