Após o golpe de Estado que, apesar de frustrado, não deixou de afetar a estabilidade do país, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan acaba de declarar um estado de emergência que se vai prolongar durantes os próximos três meses na Turquia.
Citado pela Associated Press, Erdogan diz que o estado de emergêcia vai "servir para remover a ameaça o mais rápido possível" do país
Este anúncio já havia sido avançado pela imprensa ao início da tarde e surge agora, horas depois, a confirmação oficial de que a Turquia está em estado de emergência.
A decisão surge após uma longa série de reuniões convocadas e presididas pelo próprio Erdogan. Numa delas, entre os membros do Conselho de Segurança Nacional, membros importantes do partido do Presidente aconselharam-no a declarar o estado de emergência no país.
Recorde-se que, nos últimos dias, o regime do Presidente já tinha afastado mais 48 mil pessoas dos respetivos cargos, entre elas militares, forças policiais e magistrados. Muitos deles, refira-se, vão até ser alvos de “procedimentos judiciais”, tudo, na sequência do frustrado golpe de Estado que decorreu na última sexta-feira, dia 15.
Além disso, já foram suspensos das suas funções mais de 6.500 funcionários vinculados no ministério da Educação turco, juntamente com outros 15 mil cidadãos, que foram acusados de estarem associados a Fethullah Gülen, o principal adversário de Erdogan, exilado nos EUA, e que o Presidente acredita ter sido o principal impulsionador do Golpe de Estado frustrado.
[Notícia atualizada às 21h47]