"Podem ter escravas sexuais ao abrigo do Islão", diz clérigo muçulmano

Imã de mesquita em Califf é suspeito de radicalizar três jovens britânicos, que viajaram para a Síria.

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© Reprodução Daily Mail

Goreti Pera
31/07/2016 11:18 ‧ 31/07/2016 por Goreti Pera

Mundo

País de Gales

Um pregador muçulmano radical, suspeito de ter radicalizado três jovens britânicos, disse numa mesquita no País de Gales que o Islão permite que os homens mantenham escravas sexuais.

O discurso de Ali Hammuda, imã da mesquita Al-Manar, em Califf, foi gravado por um repórter disfarçado em outubro de 2014. Contudo, só agora o conteúdo das gravações foi tornado público.

“O dia do julgamento está próximo”, alegava o radical, que ensinava aos ‘discípulos’ a sua interpretação do Hadiths, que inclui as profecias de Maomé.

“No final do tempo, haverá muitas guerras como aquelas a que assistimos hoje. Nessas guerras, serão tomadas como prisioneiras mulheres, que serão tornadas escravas. O objetivo é ter relações sexuais com elas. Sim, o Islão permite ter relações com escravas ou esposas”, pregava Ali Hammuda, num discurso ouvido por adolescentes.

O homem suspeito de ter radicalizado três jovens de Califf (entre os 17 e os 20 anos), que partiram para a Síria no mesmo ano, alegava ainda que, no futuro, os filhos escravizariam os pais. 

Em momento algum, indica o Daily Mail, Ali Hammuda – nascido na Palestina, mas educado no Reino Unido - referia que a escravatura era ilegal no país.

As gravações contundentes foram feitas poucas semanas depois de se ouvirem relatos de atrocidades cometidas contra a minoria Yazidi no Iraque. Mulheres foram escravizadas, violadas e executadas depois de terem sido capturadas por militantes do ISIS.

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