Um pregador muçulmano radical, suspeito de ter radicalizado três jovens britânicos, disse numa mesquita no País de Gales que o Islão permite que os homens mantenham escravas sexuais.
O discurso de Ali Hammuda, imã da mesquita Al-Manar, em Califf, foi gravado por um repórter disfarçado em outubro de 2014. Contudo, só agora o conteúdo das gravações foi tornado público.
“O dia do julgamento está próximo”, alegava o radical, que ensinava aos ‘discípulos’ a sua interpretação do Hadiths, que inclui as profecias de Maomé.
“No final do tempo, haverá muitas guerras como aquelas a que assistimos hoje. Nessas guerras, serão tomadas como prisioneiras mulheres, que serão tornadas escravas. O objetivo é ter relações sexuais com elas. Sim, o Islão permite ter relações com escravas ou esposas”, pregava Ali Hammuda, num discurso ouvido por adolescentes.
O homem suspeito de ter radicalizado três jovens de Califf (entre os 17 e os 20 anos), que partiram para a Síria no mesmo ano, alegava ainda que, no futuro, os filhos escravizariam os pais.
Em momento algum, indica o Daily Mail, Ali Hammuda – nascido na Palestina, mas educado no Reino Unido - referia que a escravatura era ilegal no país.
As gravações contundentes foram feitas poucas semanas depois de se ouvirem relatos de atrocidades cometidas contra a minoria Yazidi no Iraque. Mulheres foram escravizadas, violadas e executadas depois de terem sido capturadas por militantes do ISIS.