Maratonista "não tem de ter medo", garante governo da Etiópia

Feyisa Lelisa conquistou a medalha de prata na maratona masculina dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

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Inês Esparteiro Araújo
22/08/2016 21:37 ‧ 22/08/2016 por Inês Esparteiro Araújo

Mundo

Feyisa Lilesa

Foi este domingo, dia em que terminaram os Jogos Olímpicos de 2016, que o atleta etíope Feyisa Lilesa conquistou uma medalha de prata e cruzou a meta com os braços cruzados, um gesto que, referiu, poderia valer-lhe a vida.

Agora, fontes oficiais do governo da Etiópia asseguraram que o atleta estará seguro e que “nada deve temer quando voltar para casa”, garantido que Lilesa é considerado como “um herói”, conta a CNN.

Quando terminou a prova, Feyisa explicou que o sinal era de “apoio a todos os manifestantes” do seu país que foram mortos pelo governo.

“Queria mostrar que não estou de acordo com o que está a acontecer. Tenho amigos e familiares presos. O governo está a matar o meu povo, os Oromos, que não têm recursos”, explicou.

Já antes do comunicado do seu país, Feyisa contou ponderar a hipótese de ficar no Brasil ou de ir para o Quénia ou mesmo para os Estados Unidos.

Segundo a Amnistia Internacional, pelo menos cinco mil pessoas foram presas em Oromos devido às várias manifestações entre 2011 e 2014, contra o governo.

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