Foi este domingo, dia em que terminaram os Jogos Olímpicos de 2016, que o atleta etíope Feyisa Lilesa conquistou uma medalha de prata e cruzou a meta com os braços cruzados, um gesto que, referiu, poderia valer-lhe a vida.
Agora, fontes oficiais do governo da Etiópia asseguraram que o atleta estará seguro e que “nada deve temer quando voltar para casa”, garantido que Lilesa é considerado como “um herói”, conta a CNN.
Quando terminou a prova, Feyisa explicou que o sinal era de “apoio a todos os manifestantes” do seu país que foram mortos pelo governo.
“Queria mostrar que não estou de acordo com o que está a acontecer. Tenho amigos e familiares presos. O governo está a matar o meu povo, os Oromos, que não têm recursos”, explicou.
Já antes do comunicado do seu país, Feyisa contou ponderar a hipótese de ficar no Brasil ou de ir para o Quénia ou mesmo para os Estados Unidos.
Segundo a Amnistia Internacional, pelo menos cinco mil pessoas foram presas em Oromos devido às várias manifestações entre 2011 e 2014, contra o governo.