As mulheres da Islândia saíram esta segunda-feira dos locais de trabalho às 14h38 em ponto. Nem mais nem menos. E porque o fizeram? Tiveram tolerância de ponto? Foi apenas coincidência? Não. Saíram a partir do exato momento em que alegam deixaram de receber.
O momento - em forma de protesto - não é novo e tem como propósito assinalar as diferenças salariais entre homens e mulheres.
A hora exata do protesto, 14h38, é a hora em que as mulheres deixam de receber, considerando aquilo que os homens auferem.
O protesto, apelidado 'Women's Day Off', na realidade já existe na Islândia desde 24 de outubro de 1975 (estávamos nós em Portugal a começar a ter um cheirinho a liberdade).Contudo, foi mudando a hora a que saíam do trabalho.
Se em 1975 saíam às 14h08, em 2008 passaria a ser às 14h25. Significa que, apesar de lentamente, as discrepâncias salariais com base no género têm vindo reduzir.
Independentemente das melhorias, a lua pela igualdade de salários no país, escreve o Iceland Review, está ainda longe de chegar ao fim. De acordo com a tendência da última década, homens e mulheres da Islândia só terão salários iguais daqui por 52 anos, ou seja, em 2068.
Women in Iceland come together to fight for equality, shouting OUT #kvennafrí #womensrights pic.twitter.com/vTPFwfSoVk
— Salka Sól Eyfeld (@salkadelasol) October 24, 2016