Numa longa entrevista dada na embaixada do Equador, em Londres, com o realizador Jon Pilger, o fundador do WikeLeaks contou que são várias autoridades do Qatar e da Arábia Saudita que doam dinheiro à fundação de caridade de Hillary Clinton. Além disso, acrescentou que essas são as mesmas fontes de dinheiro que apoiam o ISIS.
Quando questionado se acreditava que “este notório grupo, chamado de ISIS, é criado largamente por dinheiro de pessoas que estão também a dar dinheiro para a Fundação Clinton”, a sua resposta foi que “sim”.
Segundo a Fundação, o governo da Arábia Saudita já doou entre nove milhões de euros e perto de 22 milhões desde a sua criação em 1997. O mês passado, em honra do aniversário de Bill Clinton, o governo do Qatar terá oferecido perto de um milhão de euros à Fundação.
Representantes da candidata democrata já vieram desmentir as acusações e garantiram que Hillary não usou o dinheiro das doações para a sua campanha, assim como dizem não ter havido doações da Arábia Saudita enquanto Clinton tinha a pasta de secretária de Estado (entre 2009 e 2013).
Sobre Trump, Assange afirmou que não lhe vai ser “permitido” ganhar. “A minha análise é que não lhe vai ser permitido ganhar. Porque é que eu digo isto? Porque ele tem tido todas as forças do sistema contra ele. Bancos, serviços de inteligência, empresas de armas e tudo o resto, estão todos com Hillary Clinton. E os meios de comunicação também”, concluiu.