A organização entende que o chefe de Estado é o principal responsável pelo impasse político que o país atravessa há quase ano e meio.
Sana Canté, advogado formado pela Faculdade de Direito de Bissau, voltou a defender a renúncia, ao anunciar a apresentação de uma queixa contra o Estado guineense junto do tribunal da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A queixa é fundamentada com alegados abusos dos direitos cívicos de cidadãos guineenses por parte das autoridades, disse Canté, que lembra que elementos do MCCI foram agredidos com gás lacrimogéneo.
As agressões aconteceram durante uma manifestação em Bissau em novembro, enquanto outras ações de rua têm sido reprimidas pelas autoridades, acrescentou.
Canté anunciou ainda que organização vai ter um encontro de trabalho com elementos das Nações Unidas, em Bissau, na quarta-feira.
"Vamos reafirmar a nossa posição de que o Presidente da República tem que renunciar às suas funções porque revelou ser incapaz de pôr fim a esta crise que criou e que continua a alimentar", observou Sana Canté.
O líder do MCCI afirmou que, apesar da proibição de manifestações de rua, a sua organização vai continuar "a luta de rua".
Canté depositou na última semana, no Tribunal Regional de Bissau, uma providência cautelar pedindo a anulação da ordem de proibição de manifestações.
O ministro da Administração Territorial do governo demissionário, Sola Nquilin, emitiu em novembro uma ordem que proíbe todas as manifestações nas zonas circundantes ao palácio da presidência, mas a polícia tem impedido ações noutros locais da capital.