Ariel Castro, um porto-riquenho de 52 anos, foi acusado de violação e quatro raptos: os de Amanda Berry e da sua filha Jocelyn, nascida em cativeiro, de Gina DeJesus e de Michelle Knight, anunciaram as autoridades de Cleveland.
O chefe adjunto da polícia local, Ed Tomba, disse que o antigo motorista de autocarro escolar foi designado como o único responsável pelos raptos.
Os irmãos, Onil e Pedro Castro, tinham sido interpelados na segunda-feira à noite, pouco depois da libertação espectacular das três jovens.
Esta foi a primeira vez que as jovens saíram da propriedade de Ariel Castro, avançou Tomba, que não deu detalhes sobre o quotidiano das três jovens.
Duas das três mulheres sequestradas, resgatadas na segunda-feira de uma casa de Cleveland, regressaram hoje às suas famílias.
Amanda, de 27 anos, foi para casa da irmã, e Gina, de 23 anos, regressou a casa dos pais, enquanto Michelle, de 32 anos, voltou ao hospital para ser tratada aparentemente a problemas mentais de que já padecia.
As vítimas estavam detidas no sótão obscuro de uma vivenda de dois pisos, com quatro quartos, num bairro de classe baixa em Cleveland atravessado pela via rápida inter-estatal, de onde saiam ocasionalmente para arejar no pátio das traseiras.
Ariel Castro surgiu na quarta-feira como alguém com duas vidas, que tocava baixo numa banda e tinha uma oficina de carros nas traseiras, mas também como alegado abusador e agressor da ex-esposa e dos filhos durante anos.
Ariel enfrentou várias acusações criminais ao longo da década em que as três mulheres estiveram desaparecidas.
O agora acusado, que passava como mais um vizinho, correto e afável, tinha sido denunciado em 2005, por golpear brutalmente a ex-esposa, Grimilda Figueroa, a quem partiu o nariz, costelas e dentes, e tentar raptar as próprias filhas, mas não foi condenado.
