A associação de defesa dos animais, Animal Welfare Foundation, divulgou um vídeo no qual põe a nu a crueldade dos humanos para com os animais quando se trata de obter lucros.
Segundo esta associação, produtores de cavalos e éguas da América do Sul (Uruguai e Argentina) drenam sangue às éguas que estão grávidas para ficarem na posse da hormona que corre no sistema sanguíneo das fêmeas que estão prestes a dar à luz.
Para tal, os equídeos são ligados a máquinas que lhes drenam o sangue de forma automática. Por vezes, a quantidade de sangue retirada é tão elevada que as éguas acabam por colapsar de fraqueza e morrer. As éguas que não conseguem engravidar ou são mortas para consumo da sua carne ou são deixadas a morrer de fome e dores.
Mas a história não fica por aqui, como denuncia o jornal britânico Mirror.
O sangue drenado às éguas é então vendido aos criadores de porcos que administram a dita hormona nas porcas que acabaram de dar à luz. Ao fazerem isto, os produtores conseguem acelerar o processo de procriação, pois, revela o mesmo jornal, as porcas ficam aptas a engravidar apenas dois dias depois de darem à luz quando são injetadas com o sangue das éguas.
O deputado inglês do Partido Trabalhista Kerry McCarthy defendeu que estas práticas deveriam ser do conhecimento dos consumidores que, assim, compram e consomem à carne “às escuras”, sem saberem como a mesma é produzida.
Segundo o mesmo jornal, a Associação Nacional Suína garantiu estar a par desta situação, mas garantiu que há apenas um “pequeno número de produtos com esta substância” à venda no Reino Unido.
Outra associação de defesa dos animais, a Avaaz, disse ao Mirror que tudo isto é “um filme de terror”, revelando que a União Europeia já admitiu agir relativamente a esta situação, porém, garante, “até agora nada foi feito”.