Chineses introduzem em São Tomé cultivo de milho modificado

Uma equipa de técnicos agrícolas chineses está a introduzir em São Tomé e Príncipe o cultivo de milho transgénico para ração animal, procurando diminuir a dependência alimentar do país em relação ao exterior.

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Lusa
09/04/2017 22:00 ‧ 09/04/2017 por Lusa

Mundo

Ração

Em declarações aos jornalistas, Hou Xiaoping, chefe da missão agrícola chinesa em São Tomé e Príncipe, explicou que, nesta primeira fase, a cultura está a ser feita no campo hortícola de Mesquita no centro da ilha de São Tomé, situada a pouco mais de cinco quilómetros da capital.

As sementes do milho híbrido para a produção de ração já germinaram. Os chineses estão a ensinar técnicos são-tomenses e alunos finalistas do curso de agronomia como se deve combater as pragas.

"Deve-se reforçar os trabalhos de controlo e prevenção. Devemos aplicar pesticida periodicamente", disse Hou Xiaoping.

Em junho os chineses esperam colher oito toneladas do milho híbrido numa área de seis hectares.

O chefe da missão agrícola chinesa sublinha que a produção de ração é fundamental na suinicultura.

"São Tomé e Príncipe tem boas condições para desenvolver a agricultura e pecuária e ração para animais", explicou.

A introdução da cultura de milho modificado inclui-se nos projetos-pilotos que os chineses estão a implementar em São Tomé e Príncipe depois de os dois países terem restabelecido relações diplomáticas em finais de dezembro, após um longo período de 19 anos sem laços diplomáticos.

Nos próximos dias, deverá juntar-se a essa equipa um médico veterinário e um produtor de biogás para reforçar a equipa que, durante um ano, vai trabalhar com técnicos são-tomenses no setor agropecuário.

Na comunidade de Água Izé, os chineses estão a experimentar o cruzamento de cerca de uma dezena de porcos nacionais com a raça "melori" da Inglaterra.

O objetivo é aumentar a produção de carne no mercado para garantir a segurança alimentar e nutricional da população.

"Os porcos de são Tomé pesam no máximo entre 40 e 50 quilos e isso faz com que haja uma baixa de produção de carne e um elevado preço da carne de porco a nível nacional", explicou o técnico chinês.

"Queremos utilizar as vantagens do cruzamento entre os porcos de são Tomé e Príncipe e da Inglaterra", acrescentou.

Esses são os primeiros passos da cooperação sino-são-tomense no domínio da agricultura e pecuária.

 

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