Segundo a Associated Press (AP), o Presidente dos Estados Unidos irá referir-se ao combate ao extremismo como "uma batalha entre o bem e o mal" e instar os líderes árabes a "correr com os terroristas dos seus locais de culto".
Trump, cuja campanha foi marcada por retórica anti-islão e que tentou implementar uma proibição de entrada de pessoas de sete países muçulmanos, irá suavizar a linguagem neste discurso. Apesar de durante a campanha ter sublinhado a importância de usar a expressão "terrorismo islâmico radical", esta referência não está incluída no esboço do discurso a que a AP teve acesso.
Durante a sua visita, o Presidente norte-americano deverá encontrar-se com vários líderes individualmente, incluindo com o do Egito e do Qatar, antes de participar numa mesa redonda com o Conselho da Cooperação do Golfo e se juntar ao rei saudita Salman na abertura do novo centro antiterrorismo em Riade.
O discurso também não menciona democracia ou direitos humanos.
"Não estamos aqui para dar lições, para dizer aos outros como viver, o que fazer ou quem ser. Estamos antes aqui para oferecer uma parceria na construção de um futuro melhor para todos nós", irá dizer, de acordo com a cópia do discurso.
Duas fontes diferentes disponibilizaram cópias do discurso à AP, considerado o ponto alto da sua visita. A Casa Branca confirmou que o documento é autêntico, mas alertou que o Presidente ainda não tinha aprovado a versão final e que poderiam ser feitas alterações.
A visita de Trump à capital saudita marca o início da sua primeira viagem ao estrangeiro como Presidente, um périplo com cinco paragens que o vão levar pelo Médio Oriente até à Europa. Trump é o primeiro Presidente norte-americano a escolher a Arábia Saudita -- ou qualquer outro país de maior muçulmana -- para a sua primeira visita.
Trump deve deixar a Arábia Saudita na segunda-feira, dirigindo-se depois para Israel.