Durão Barroso continua a ser alvo de forte contestação, mesmo depois de, numa conversa a sós, na Irlanda, o responsável português ter explicado ao presidente francês François Hollande que as suas críticas aos "reaccionários", que defendem a excepção cultural europeia nas negociações comerciais da União Europeia com os Estados Unidos, "foram mal transcritas pelo jornal" Herald Tribune, assegurando que não visavam a França.
Em França, Durão Barroso tem sido muito criticado em debates televisivos e artigos na imprensa sobre o assunto. É o caso do editorial de hoje do jornal Le Monde, com o título ‘Sr. Barroso, você nem é leal nem respeitador!’.
"Hoje, aos 57 anos, este camaleão procura um futuro. À procura de um belo posto na NATO ou na ONU - quem sabe? - ele escolheu lisonjear os seus parceiros anglo-saxónicos, o primeiro-ministro britânico e o Presidente americano. À cabeça da Comissão, o Sr. Barroso foi um bom reflexo da Europa: uma década de regressão".
Além disso, pode ler-se no editorial, Barroso “denegriu o acordo após a sua conclusão, não se comportando como um guardião dos Tratados, como a sua missão [enquanto presidente da Comissão Europeia] impõe”.