Numa declaração conjunta, o vice-presidente do executivo comunitário, Frans Timmermans, e a comissária da Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourova, instaram a não esquecer "os crimes horríveis" cometidos contra os ciganos.
"As gerações mais jovens, para quem estes episódios parecem distantes, devem conhecer e compreender esta tragédia. A perseguição e a discriminação não cabem na União Europeia", afirmaram, através de um comunicado.
Timmermans e Jourova defenderam que recordar "os erros do passado" ajuda a "construir a Europa do amanhã sobre a base dos nossos valores comuns europeus".
A Comissão Europeia convida todos os Estados-membros a "reconhecer o genocídio cigano" e reiterou o seu apoio à resolução do Parlamento Europeu de 15 de abril de 2015, que estabeleceu 02 de agosto como Dia de Comemoração do Holocausto Cigano.
A 02 de agosto de 1944, mais de três mil homens, mulheres e crianças de etnia cigana foram assassinados nas câmaras de gás do campo de concentração de Auschwitz e Auschwitz-Birkenau (à data da ocupação da Polónia pela Alemanha nazi).
Para assinalar o 73.º aniversário deste genocídio, funcionários da União Europeia juntaram-se hoje a um grupo de sobreviventes do Holocausto e a jovens ciganos em Auschwitz.
Este reconhecimento é "um passo necessário" para que as comunidades ciganas "recuperem a dignidade e se lhes faça justiça", e, assim, preservar a memória destes acontecimentos, afirmou a Comissão, que indicou que continuará a apoiar os países da União Europeia a facilitar a integração dos ciganos.