"A porta da negociação está atualmente aberta com as Forças Democráticas Sírias", declarou Mourhaf Abou Qasra aos jornalistas, referindo-se ao grupo armado conhecido pela sigla FDS, dominado pelos curdos, que controla uma parte do nordeste do país.
"Mas, se formos obrigados a usar a força, estamos prontos", avisou o ministro, acrescentando que as coisas "não estão claras nas negociações com as FDS até à data".
Um responsável sírio disse à AFP, sob condição de anonimato, que uma delegação das FDS tinha mantido negociações "positivas" com Ahmad al-Charaah, o novo líder sírio, em Damasco, a 30 de dezembro.
Numa entrevista ao canal al-Arabiya, no final de dezembro, Ahmad al-Charaah afirmou que as FDS deveriam ser integradas no futuro exército sírio.
Os curdos sírios criaram uma administração autónoma no nordeste do país e controlam uma grande parte das zonas petrolíferas.
"Ofereceram-nos petróleo, mas nós não queremos petróleo, queremos instituições e fronteiras", afirmou o ministro, sem entrar em pormenores.
As FDS, parceiras do Ocidente unidas numa coligação internacional anti-jihadista, lideraram a luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) e são apoiadas em particular pelos Estados Unidos.
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