Manifestantes ocupam Trump Tower para exigir libertação de aluno pró-Palestina

Vários manifestantes pertencentes a uma organização judaica ocuparam hoje o átrio da Trump Tower, em Nova Iorque, para condenar a detenção do estudante da Universidade de Columbia Mahmoud Khalil, por ter participado em protestos pró-Palestina.  

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© REUTERS

Lusa
13/03/2025 17:08 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Trump Tower

Os mais de 200 manifestantes da organização Voz Judaica para a Paz vestiam camisolas vermelhas onde se lia "Os judeus dizem para parar de armar Israel", envergavam cartazes com as mensagens "Opor-se ao fascismo é uma tradição judaica" e "Lutar contra os nazis e não contra os estudantes", e gritavam "Tragam Mahmoud para casa agora!", relatou a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

 

Os apoiantes de Khalil defendem que a sua detenção é um ataque à liberdade de expressão e organizaram também protestos noutros locais da cidade e do país.

A polícia, que foi posicionada dentro e fora do edifício da Quinta Avenida, antes do início do protesto, começou a deter os manifestantes após os ter avisado para abandonarem o local.

No sábado, agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) detiveram Mahmoud Khalil, um estudante de pós-graduação da Universidade de Columbia, residente permanente nos Estados Unidos e casado com uma cidadã norte-americana, e informaram que o seu visto de estudante havia sido revogado. 

Khalil, de 30 anos, foi depois transferido para um centro de detenção de imigrantes no estado de Luisiana.

Após a detenção de Khalil, o juiz distrital Jesse Furman ordenou que o jovem não fosse deportado enquanto o tribunal analisa uma ação judicial interposta pelos seus advogados, que pretendem que Khalil regresse a Nova Iorque e seja libertado sob supervisão, argumentando que este fez uso da liberdade de expressão protegida pela Constituição e que o Governo está a retaliar ilegalmente por causa disso.

O caso de Khalil representa a primeira tentativa de deportação conhecida publicamente sob a repressão prometida pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, contra estudantes que protestam contra a guerra em Gaza.  

O Presidente dos EUA sublinhou que a detenção de Khalil foi a primeira "de muitas que estão para vir" e prometeu nas redes sociais deportar os estudantes envolvidos em "atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas".

A Universidade de Columbia tornou-se o centro do movimento de protestos pró-palestinianos que varreu nos 'campus' universitários dos Estados Unidos no ano passado, que resultou em mais de 2.000 detenções.

Khalil foi um dos ativistas mais visíveis nos protestos do ano passado, servindo como negociador para estudantes que montaram um acampamento no 'campus' universitário.  

O ativista tem um mestrado pela escola de Relações Internacionais da Colúmbia. A sua mulher, que é cidadã norte-americana, está grávida de oito meses. 

Nascido na Síria, Khalil é neto de refugiados palestinianos, referiram os seus advogados num processo judicial.

A Trump Tower atrai frequentemente manifestações, tanto contra como a favor do seu proprietário, mas os protestos no interior do edifício são menos comuns.

Leia Também: Trump avisa que detenção de estudante pró-Palestina será "1.ª de muitas"

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