"A epidemia de cólera na República Democrática do Congo atinge proporções preocupantes, com 20 das 26 províncias afetadas pela doença", afirmou a OMS em comunicado.
"Mais de 1.500 casos suspeitos" são registados por semana desde o fim de julho e, até 02 de setembro, "as autoridades já recensearam no total 24.217 casos suspeitos, com 528 mortes", indicou o gabinete da OMS no país.
A epidemia atinge várias cidades do leste, oeste e norte. "O risco de propagação ainda permanece muito elevado na região de Kasai (centro), onde as condições sanitárias e de segurança aumentam a vulnerabilidade", considerou a organização.
A última epidemia de cólera na região de Kasai remonta a 2003.
A OMS "comprometeu-se a dar, no imediato, uma contribuição financeira de 400 mil dólares (cerca de 332 mil euros) para o envio de equipas técnicas para as zonas prioritárias" com o objetivo de apoiar as autoridades congolesas na luta contra a epidemia.
No entanto, é "essencial que o saneamento, a higiene individual e coletiva sejam postos em prática e que as populações mais expostas ao risco de contaminação tenham acesso a água potável", afirmou Allarangar Yokouidé, chefe da OMS na República Democrática do Congo.
Em 2016, uma epidemia de cólera provocou a morte de 817 pessoas em território congolês, segundo a OMS.