Este é o "pior ataque" à Catalunha "desde o ditador Francisco Franco"

Carles Puigdemont fez esta noite de sábado uma declaração aos catalães, respondendo à intenção anunciada por Madrid de o destituir e de levar a cabo eleições no prazo de seis meses.

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Anabela de Sousa Dantas
21/10/2017 20:10 ‧ 21/10/2017 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo

Catalunha

O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, anunciou que irá pedir uma sessão plenária ao Parlamento catalão para debater aquilo que descreve como uma "tentativa de acabar com a nossa autonomia e democracia" e, depois, "atuar em conformidade".

Puigdemont reage desta forma à decisão anunciada este sábado por Madrid, no sentido de dissolver o seu executivo, sendo as responsabilidades assumidas pelos respetivos ministérios setoriais em Madrid. Uma decisão que o presidente regional descreve como "o pior ataque" à Catalunha "desde que o ditador Francisco Franco" ditou a supressão da autonomia.

O governo espanhol, recorde-se, anunciou este sábado de manhã que pretende dissolver a Generalitat e convocar eleições num prazo máximo de seis meses, duas consequências escolhidas por Madrid com a ativação do artigo 155.º da Constituição, que permite a suspensão da autonomia do governo regional e transfere os poderes para o governo central.

Carles Puigdemont explicou que todas as tentativas de diálogo tiveram o mesmo resultado, "silêncio ou repressão", e que o "Conselho de Ministros bateu a porta" a essa possibilidade, depois da decisão que tomaram. "O que os catalães decidiram nas urnas, o Governo anula com despachos", atirou, acrescentando que "o Governo espanhol proclamou-se de forma ilegítima como representante" dos catalães.

Numa comunicação feita em catalão, espanhol e inglês, Puigdemont apelou ainda à Europa dos direitos fundamentais que deverá proteger cada um dos seus cidadãos e avisou que se os princípios fundadores estão em risco na Catalunha, também o estão na Europa.

Para além da destituição do presidente da Catalunha e todos os membros do seu executivo, Madrid propôs-se hoje a limitar as competências do parlamento regional e marcar eleições num prazo de seis meses. Estas foram as principais medidas de aplicação do artigo 155.º, para repor a legalidade na Catalunha, que agora têm de ser aprovadas pelo senado (câmara alta), muito provavelmente na próxima sexta-feira, 27 de outubro.

[Notícia atualizada às 20h27]

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