O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, alertou, esta quarta-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que terá uma "reação devastadora" caso decida atacar um país membro da aliança atlântica.
"Se Putin atacar a NATO, a reação será devastadora. Ele perderá", assegurou Rutte, em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia, na sede da NATO, em Bruxelas.
"Que não o tente - ele sabe disso", acrescentou.
As declarações de Rutte surgiram após ser questionado sobre vários relatórios que apontam para a possibilidade de a Rússia atacar outros países, além da Ucrânia. Na terça-feira, a agência de inteligência militar da Dinamarca (DDIS, na sigla em inglês) advertiu que Putin poderá avançar com uma "guerra de grande escala" nos próximos cinco anos.
"A Rússia estará mais disposta a recorrer à força militar num conflito regional contra um ou mais países europeus membros da NATO se considerar que a Aliança Atlântica está militarmente debilitada ou politicamente fraturada", lê-se no documento.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro de 2022, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, justificando com a necessidade de "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Desde o início da guerra, a Rússia declarou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, de onde Kiev exige a retirada imediata, assim como da Península da Crimeia, anexada em 2014.
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