Em comunicado final, os participantes, designadamente o Fatah e o Hamas, "apelaram à comissão eleitoral e as partes envolvidas a lançarem os preparativos para as eleições presidenciais e legislativas antes do final de 2018" e "solicitaram ao Presidente Mahmoud Abbas que fixasse uma data para estas eleições, depois de consultas com todas as forças políticas".
Estas eleições serão as primeiras comuns à Cisjordânia e à Faixa de Gaza desde 2006.
O comunicado também saudou o acordo de reconciliação concluído em outubro entre o Hamas e o Fatah, sob o patrocínio do Egito: "Um início realista para acabar com as divisões".
Ao fim de 10 anos de divisões, os antigos irmãos desavindos entenderam-se, em 12 de outubro, no Cairo, para que o Hamas, que governa sem partilha a Faixa de Gaza, transfira os poderes no território para a Autoridade até 01 de dezembro.
As negociações do Cairo começaram na terça-feira para prosseguir os esforços de reconciliação, com a participação de 13 formações políticas palestinianas.
O comunicado sublinha, por outro lado, "a importância de levantar todos os obstáculos que prejudicam os esforços do governo para assumir imediatamente as suas responsabilidades para com o povo".
A questão crucial do controlo da segurança e do destino do braço armado do Hamas não constou do texto do comunicado.
A Autoridade Palestiniana e o seu Presidente, Mahmoud Abbas, recusam-se a assumir responsabilidades civis em Gaza sem terem o controlo da segurança.
A questão das sanções financeiras infligidas em 2017 pela Autoridade Palestiniana para forçar o Hamas a ceder o seu lugar também não está no comunicado.
O Hamas tinha expulsado a Autoridade Palestiniana de Gaza com recurso às armas em 2007. Desde então, a Autoridade Palestiniana só governa, com as restrições impostas pela ocupação israelita, alguns pedaços da Cisjordânia, distante de Gaza algumas dezenas de quilómetros.