"A câmara baixa não deu um voto de confiança ao governo", declarou o seu presidente, Radek Vondracek. Sem surpresas, apenas os 78 deputados do movimento ANO de Babis apoiaram o seu líder, suspeito de fraude. No total, votaram contra 117 deputados e cinco abstiveram-se.
Em novembro de 2017, e de acordo com a procuradoria, a polícia checa voltou a pedir a retirada da imunidade parlamentar a Andrej Babis, vencedor das legislativas de outubro e possível novo primeiro-ministro, que está a ser investigado por suposto uso fraudulento de fundos europeus.
Em maio, Babis demitiu-se do posto de vice-primeiro-ministro e de ministro das Finanças, e em setembro perdeu a imunidade parlamentar para ser investigado.
Na sequência das eleições de outubro, que a sua Aliança de Cidadãos Descontentes (ANO, que significa "Sim" em checo) venceu com 29,64% dos votos, Babis recuperou o seu lugar de deputado sem limitações.
Na qualidade de líder do partido mais votado, Babis foi incumbido de formar governo, uma tarefa à partida dificultada pela relutância das restantes formações políticas com assento parlamentar anuírem na formação de uma coligação.
Segundo a revista Forbes, o empresário e político, proprietário do grupo agroindustrial Agrofert, para além de dois diários nacionais e outros meios de comunicação, é o segundo homem mais rico do país, com um património calculado em 3.400 milhões de euros.
A polícia diz ter indícios de que Babis obteve igualmente dois milhões de euros para construir a sede de uma das suas empresas filiais, apesar de esse género de ajuda estar apenas reservado a pequenas e médias empresas.