Questionado sobre um possível período superior às cinco horas diárias planeadas, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que "depende do comportamento dos grupos terroristas, quer através de ataques ou de provocações".
"Lamentamos que, em relação a Ghouta Oriental, o outro lado [países ocidentais] ignore a desordem e a situação causada pelos terroristas, que se protegem ao manter a população civil refém", continuou o porta-voz em comunicado.
Na segunda-feira, Vladimir Putin anunciou um período diário de "tréguas humanitárias" com a duração de cinco horas na zona de Ghouta Oriental, que nas últimas semanas tem sido alvo de ataques mortíferos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, sublinhou ser necessário verificar "até que ponto as garantias dos grupos armados em relação à resolução da ONU [Organização das Nações de Unidas] correspondem às suas intenções".
O exército russo acusou hoje os rebeldes de abrirem fogo no corredor humanitário criado na segunda-feira, tornando impossível a retirada de civis e feridos, bem como a entrega de ajuda humanitária.
"Não houve retirada de pessoas", denunciou o general russo Vladimir Zolotukhin a agências noticiosas russas, que descreveu ser uma situação "difícil".
O anúncio da trégua diária surge após a violação do cessar-fogo decretado no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU que exigia um período de tréguas "imediato" com a duração de 30 dias.
A ONU já confirmou a retoma das ofensivas do regime em Ghouta Oriental, que desde 18 de fevereiro mataram mais de 560 civis, onde se incluem mais de 140 crianças.