Ana Julia Quezada, detida desde o passado dia 11 de março, domingo em apanhada em flagrante a mudar o corpo de Gabriel Cruz de lugar, fez a sua primeira chamada telefónica a partir da prisão de Acebuche, na província de Almería. Foi para a mãe, que está na República Dominicana.
Um jornalista do programa ‘Espejo Público’ da Antena 3 foi até aquele país para conversar com a família da dominicana e acabou por receber uma descrição daquele primeira chamada, que transcrevemos abaixo.
Depois dos pedidos de desculpas repetidos, a dominicana, de 43 anos, disse que precisava de falar com o advogado, porque tinha que “pedir muitas coisas”.
O advogado disse depois à família que Ana Julia pediu dinheiro, “para as suas necessidades, café, cigarros, pensos higiénicos”, conforme indicou à estação espanhola uma das suas irmãs.
“Nós somos pobres, não temos nada”, indicou a familiar, explicando porém que uma das sobrinhas, que vive em Itália, acordou mandar-lhe 50 euros por mês.
Transcrição cedida pela Antena 3:
Ana Julia: Mãe, a sua bênção, mãe.
Mãe: Rapariga, que diabo… Que fizeste tu? Foste levada…. Pelo diabo, que entrou na cabeça.
Ana Julia: Ai, mãe! Ai, mãe! Meti-a num problema enorme, peço desculpa e perdão a todo o povo espanhol e ao dominicano e a si, em especial à minha família, que desonrei o meu nome.
Mãe: Ouve, com o que tu fizeste, atiraste o nosso nome para a lama mas que seja Deus a perdoar-te.
Ana Julia: Ai, mãe! Meti-te num problema enorme, mãe, peço perdão a Deus e a toda a gente, mãe. Estou muito… Tenho muitos problemas, mãe!