"Collomb está ultrapassado pelos acontecimentos", afirmou Le Pen em entrevista ao canal BFMTV, reprovando o ministro que, na primeira declaração após o atentado, reconheceu que os serviços secretos não detetaram que o autor do massacre, Radouane Lakdim, estava em processo de radicalização.
Lakdim estava identificado por radicalização islâmica e tinha sido alvo de vigilância, primeiro em 2014 e depois em 2016 e 2017, mas, segundo a procuradoria antiterrorista, não foi detetado "qualquer sinal antecedente" de que pudesse resvalar para terrorismo.
A presidente da Frente Nacional (FN) lamentou que os sucessivos governos e o atual, do Presidente Emmanuel Macron, "não tenham feito nada" para impedir que se perpetrassem ações terroristas como as de sexta-feira, e aproveitou para repetir as suas receitas.
Na sua opinião, em primeiro lugar há que expulsar todos os estrangeiros que estão identificados por suspeitas de terrorismo, ainda que a justiça não os acuse, e àqueles que têm nacionalidade francesa e estão identificados como suspeitos, retirá-la para também os expulsar.
"Desde que um estrangeiro represente um perigo, seja ele qual for, não há qualquer razão para estar no nosso território", argumentou, depois de ter dito que França "não é um hotel" e que até num hotel se pode "recusar um cliente".
Para os suspeitos que são unicamente franceses, a solução seria levá-los à justiça com o argumento de que é "um delito e mesmo um crime" manter relações com "organizações que querem cometer atentados".
Le Pen propõe também a dissolução das organizações ligadas à Irmandade Muçulmana e a movimentos sefarditas, bem como a proibição do financiamento das mesquitas com dinheiro de outros países.