Papa celebra missa pascal sob medidas de alta segurança

O papa Francisco começou hoje a celebrar a tradicional missa de Páscoa no pátio da Basílica de São Pedro, em Roma, perante milhares de fieis, rodeados por fortes medidas de segurança.

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© Reuters

Lusa
01/04/2018 11:19 ‧ 01/04/2018 por Lusa

Mundo

Páscoa

A missa solene da Ressurreição, o momento mais importante da liturgia católica, começou às 10:00 (08:00 TMG). O papa argentino dará duas horas depois a tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo).

Sábado à noite, o papa presidiu à vigília pascal na basílica de São Pedro e apelou aos fiéis para que rompam o silêncio sobre "as injustiças que vivem na pele" tantos dos seus irmãos.

O papa Francisco batizou ainda oito pessoas, incluindo um nigeriano de 31 anos que foi manchete de jornais em setembro, em Roma, por ser um criminoso armado que havia roubado um supermercado.

Os fiéis, os turistas, os curiosos e até mesmo os sacerdotes celebrantes tiveram que fazer longas filas para chegar à Praça de São Pedro, passar os primeiros filtros de segurança a com detetores de metal e de sacos, enquanto um grande perímetro foi fechado, de manhã, à circulação.

As autoridades italianas consideram que a Páscoa é um período de alto risco para a capital.

"Roma é o centro da religião católica, há o papa, o Vaticano. Para aqueles que acreditam de forma radical na guerra santa, Roma representa muitas coisas juntas", resumiu no sábado o procurador antiterrorismo Federico Capiero de Raho, bastante inquieto quanto a um retorno discreto ao país, de italianos radicalizados, que tenham ido combater na síria e no Iraque.

Uma preocupação partilhada pelo ministro do Interior do Governo cessante, Marco Minniti, que assumiu hoje pela primeira vez, numa entrevista, que alguns dos 120 combatentes italianos identificados poderiam regressar individualmente ao país e misturar-se com o fluxo de migrantes.

A praça de São Pedro foi ornamentada com 50 mil flores, predominantemente tulipas e narcisos, mas também rosas e orquídeas, oferecidas pelos países Baixos, uma tradição que perdura há 32 anos consecutivos.

 

 

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