A PGDL confirma que “no âmbito de inquérito em que se investigam crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido, foram realizadas cerca de 70 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo buscas a escritórios de advogados, autarquias, sociedades e instalações partidárias, em diversas zonas geográficas de Portugal Continental e Açores".
As buscas, lê-se na nota publicada no site da PGDL, envolvem a presença de três juízes de instrução, 12 magistrados do Ministério Público, peritos informáticos e financeiros e inspectores da Polícia Judiciária em número que ascende a cerca de 200.
As operações de buscas foram efetuadas com a colaboração da UNCC [Unidade Nacional de Combate à Corrupção] da Polícia Judiciária.
Realça ainda a PGDL que, "segundo os fortes indícios recolhidos apurou-se, no essencial, que um grupo de indivíduos ligados às estruturas de partido político, desenvolveu entre si influências destinadas a alcançar a celebração de contratos públicos, incluindo avenças com pessoas singulares e outras posições estratégicas".
Apesar de a nota da PGDL não ter referido, em concreto, quais as estruturas partidárias envolvidas, conforme foi noticiado pela revista Sábado, os alvos são a Distrital de Lisboa do PSD e a Concelhia de Lisboa do PS.
Tanto o PS como o PSD já confirmaram as buscas. "O PS colaborou em tudo o que lhe foi solicitado pelas autoridades", referiu à agência Lusa fonte oficial dos socialistas", disse fonte oficial do partido em declarações à Lusa.
Por seu turno, fonte do PSD disse, também à Lusa, que que estão a ser realizadas buscas na distrital de Lisboa e nas juntas de freguesia de Santo António, Estrela e Areeiro.
José Silvano, secretário-geral do PSD prestou, entretanto esclarecimentos sobre esta matéria, sublinhando que “a investigação que está em curso é sobre factos anteriores à eleição deste líder e desta direção".