O major Vasco Brasão regressa terça-feira da missão na República Centro-Africana e deverá ser ouvido no dia seguinte sobre o caso do roubo de armas em Tancos. A informação foi avançada pela SIC Notícias.
Vasco Brasão encontra-se em serviço com o contingente português da força da ONU na República Centro Africana e foi alvo de um pedido de detenção feito pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal ao Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
Segundo Ricardo Sá Fernandes, o advogado do major, trata-se de uma pessoa "impoluta, de grande responsabilidade e de grande prestígio na justiça militar e está desejoso de prestar declarações perante o juiz e esclarecer o equívoco o mais rápido possível".
"O major Vasco Brasão não é um criminoso. Há equívocos, desfasamentos, incompreensões e eventualmente até alguma irregularidade, mas uma atividade criminosa com fins estranhos não corresponde à verdade", acrescentou o advogado.
A Operação Húbris investiga o aparecimento na Chamusca em outubro de 2017 de material furtado em Tancos e, segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
[Notícia atualizada às 15h10]