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'Máquina' já decidiu. 'Caso Sócrates' nas mãos de... Ivo Rosa

Sorteio informático ditou que será o juiz Ivo Rosa a conduzir a fase de instrução do processo Operação Marquês.

'Máquina' já decidiu. 'Caso Sócrates' nas mãos de... Ivo Rosa
Notícias ao Minuto

16:19 - 28/09/18 por Notícias Ao Minuto

País Justiça

A ‘máquina’ decidiu, está decidido. Quase vinte minutos depois do previsto, e depois de alguns problemas informáticos, eis que o país ficou a conhecer o nome do juiz que vai conduzir a fase de instrução do processo Operação Marquês, que tem como principal arguido José Sócrates: Ivo Rosa. 

O sorteio informático deste megaprocesso, em que estão acusados nomes conhecidos da política, da banca e da PT, estava marcado para as 16h00 no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), resumindo-se apenas à escolha de um dos dois únicos juízes do TCIC: Ivo Rosa ou Carlos Alexandre.

Os advogados do antigo primeiro-ministro, João Araújo e Pedro Delille, anunciaram em comunicado que decidiram prescindir de estar presentes no sorteio por entenderem "ter ficado suficientemente acautelada a pretensão do Senhor Eng. José Sócrates, de que a distribuição deste processo garantisse a aleatoriedade exigida". 

A fase inicial de inquérito da Operação Marquês foi dirigida pelo Ministério Público, mas contou com decisões e intervenções do juiz Carlos Alexandre, motivo que levou alguns dos advogados de defesa a pedir o afastamento deste juiz da fase seguinte, a instrução do processo.

A abertura da instrução, fase processual com caráter facultativo, foi pedida pela maioria dos advogados do processo, depois da acusação do MP. 

José Sócrates está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O inquérito da Operação Marquês culminou na acusação a um total de 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira. Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santo (GES) e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

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