O Diretor da PJ Militar, Luís Vieira, e um civil, dois dos oito arguidos envolvidos no esquema da recuperação do material roubado em Tancos, ficam sujeitos à medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.
O Ministério Público, recorde-se, havia pedido prisão preventiva para todos os arguidos da Operação Húbris.
Os interrogatórios aos oito arguidos do caso terminaram esta madrugada, cerca das 3 horas. Durante a tarde desta sexta-feira, foi a vez de os advogados de defesa se pronunciarem, antes da decisão final do juiz relativa às medidas de coação.
A Operação Húbris investiga o aparecimento na Chamusca em outubro de 2017 de material furtado em Tancos e, segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
No âmbito deste processo foram detidos, esta terça-feira, o diretor-geral da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, que foi ouvido em tribunal na tarde de quinta-feira, além de outros dois responsáveis daquela força, um civil e três elementos da GNR.