Juiz Carlos Alexandre critica forma como foi sorteado o processo Marquês
Conhecido como ‘superjuiz’, Carlos Alexandre diz não concordar com a forma como o processo do sorteio foi feito e garante que não aceitaria apenas uma parte do processo.
© Global Imagens
País Justiça
O juiz Carlos Alexandre teve, até há poucas semanas, o processo resultante da Operação Marquês nas suas mãos, tendo sido ele a decretar a prisão preventiva de José Sócrates.
No entanto, agora é o juiz Ivo Rosa quem vai decidir se o ex-primeiro-ministro, tal como os restantes arguidos, vão ser levados a julgamento ou não, uma vez que foi pedida a abertura da fase de instrução.
Em entrevista exclusiva à RTP, que vai para o ar esta quarta-feira à noite, Carlos Alexandre disse não concordar com a forma como foi feito o sorteio, explicando que só foi transferida uma parte do processo para Ivo Rosa.
Segundo o ‘superjuiz’, isto é algo que nunca tinha acontecido nos últimos 20 anos no Tribunal Central de Instrução Criminal. Mais. Carlos Alexandre garantiu ainda que jamais aceitaria receber um processo que não estivesse completo.
Recorde-se que 13 dos 28 arguidos da Operação Marquês pediram a abertura da fase de instrução do processo. A escolha do juiz que vai presidir essa feita foi feita de forma aleatória e eletrónica, tendo sido Ivo Rosa o escolhido.
A outra possibilidade – e única – era ficar nas mãos de Carlos Alexandre, que sempre dirigiu o processo desde o seu início.
Este sorteio decorreu de uma forma inédita, uma vez que foi permitida a presença na sala dos advogados de defesa e até de jornalistas, que captaram as imagens do momento em que o funcionário judicial carregou numa tecla e apareceu o nome de Ivo Rosa.
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