Um recente estudo da OCDE “rompeu com todos os estereótipos” ao revelar que Portugal é, no mundo inteiro, o país onde há mais mulheres a estudar ciências, tecnologia, engenharias e matemática.
Uma notícia publicada esta semana pelo jornal El País dá conta disso mesmo e a surpresa fica patente na forma como o jornalista vizinho inicia o seu texto: “Já se sabia que o português é quem tem mais cortiça no mundo, quem mais vinho bebe e quem mais bacalhau consome. Mas o que ninguém calculava na terra do fado é que Portugal fosse o país das mulheres científicas ou, pelo menos, o país com mais mulheres a estudarem ciências”.
Os dados da OCDE mostram que 57% das portuguesas estudam ciências, tecnologia, engenharias e matemática. Por outras palavras, Portugal arrecadou “mais 17 pontos do que Silicon Valley dos Estados Unidos, mais 22 pontos do que Espanha ou Dinamarca e mais do dobro do que o Japão”.
Embora sublinhe que “uma coisa são as mulheres licenciadas, outra são as que trabalham na área e outra ainda são os postos de liderança que as mulheres ocupam”, o jornal El País não deixa de destacar que “em Portugal duas mulheres dirigem as maiores fundações científicas”, referindo-se à Fundação Champalimaud, liderada por Leonor Beleza, e o Instituto Gulbenkian da Ciência, a cargo de Mónica Bettencourt.