A história começou a ser escrita com a venda divulgada na plataforma OLX de um pergaminho onde, como refere o comunicado enviado às redações pela Polícia Judiciária, “é transcrita uma ordem do Rei, dirigida a Martim Afonso Valente, Alcaide do Castelo de Lisboa, dando-lhe o poder de entregar o referido Castelo em seu nome e da Infanta D. Beatriz, tratando-se de um de três exemplares lavrados à época”.
A força de segurança esclarece agora que o referido documento, cuja antiguidade remontará ao Séc. XIV, foi localizado e apreendido no Porto.
Saliente-se que o Arquivo Nacional da Torre do Tombo tentou proceder à compra do documento histórico, mas uma vez que não conseguiu, comunicou “o seu eventual descaminho da legítima tutela do Estado”, que deu origem a investigação por parte da Polícia Judiciária.
Refira-se que a Torre do Tombo conservou os documentos da Administração Régia, da Casa Real e de instituições ou particulares a seu pedido, pelo que a conservação do presente pergaminho, tratando-se de um documento da Administração Régia, caberia ao Arquivo Nacional.
O pergaminho irá agora, como garante a Polícia Judiciária, ser alvo de perícia, no sentido de comprovar a sua autenticidade e posterior entrega.