Os Coletes Amarelos portugueses saíram às ruas e, ao final da manhã desta sexta-feira, há já manifestantes identificados e detidos. Em declarações aos jornalistas, António Costa defende que, perante estes protestos, "aquilo que compete ao Governo é assegurar sempre duas coisas, que quem se quer manifestar o possa fazer e, em segundo, que a liberdade democrática seja respeitada. É isso que nos compete fazer e que faremos".
O primeiro-ministro adiantou ainda que "não há nenhuma razão em Portugal para alarme social", sendo que "vivemos num país onde tem sido possível conciliar crescimento económico com maior justiça social, e ainda com uma fortíssima redução do desemprego e progressiva diminuição das desigualdades". No entendimento do chefe de Governo, "estamos melhor, é indiscutível. E que temos de continuar a melhorar é também indiscutível", frisou.
Simultaneamente, o socialista questiona: "Se há razões para todos estarmos satisfeitos?" "Claro que não", afirmou. Porém, tal como o Governo demonstrou esta manhã, explicou também, "não há problema que sempre dure e é possível enfrentá-los e encontrar soluções para eles. Temos de prosseguir a trajetória para termos condições para que se viva cada vez melhor em Portugal".
António Costa aproveitou ainda a oportunidade para se manifestar "impressionado", já que no início da legislatura "muita gente [estava] perplexa por haver menos greves e agora, pelo contrário, [está] pelo excesso". Para o primeiro-ministro, "a democracia vive-se com esta normalidade. Há momentos de tensão e de protesto e devemos vê-los com a serenidade e a maturidade democrática que o país tem tido".