Donativos escondidos? Autarca de Pedrógão reage a "calúnias" e "mentiras"
Em causa está uma reportagem da TVI que dá conta da existência de donativos para as vítimas dos incêndios de 2017 escondidos em armazéns e desviados para amigos e familiares de autarcas.
© Global Imagens
País Incêndios
O presidente da Câmara de Pedrogão Grande reage, em comunicado, à reportagem da TVI que dá conta da existência de donativos para as vítimas dos incêndios de 2017 empilhados e escondidos em armazéns, com vista a serem desviados para amigos e familiares dos autarcas.
A Câmara Municipal de Pedrógão Grande repudia aquilo que diz serem “mentiras, difamações e calúnias”. “São mentiras preparadas e orquestradas”, acusa, assegurando que, “em nenhuma circunstância, qualquer bem foi entregue indevidamente a quem quer que fosse”, assim como “nunca qualquer bem foi desviado ou extorquido, e muito menos escondido, nem negado a quem dele necessitasse”.
Valdemar Alves explica que os bens filmados na reportagem (frigoríficos, máquinas de lavar, micro-ondas, colchões, etc) são de Instituições que estão a reconstruir habitações em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos e que ao seu munícipio “foi unicamente solicitado que armazenasse os bens, até que as Instituições decidam aplicá-los nas habitações por si reconstruídas”.
Com a divulgação do local onde estão armazenados esses bens, “fica irremediavelmente comprometida a a segurança” dos mesmos, vendo-se o município “obrigado a solicitar junto dos legítimos proprietários dos bens (das Instituições)outro local para a guarda dos mesmos, já que foi denunciada publicamente a sua exata localização, razão pela qual se encontra a máquina pesada como bloqueio à porta de entrada, afim de prevenir qualquer furto”.
Os bens em causa, acrescenta, "têm a sua gestão e entrega a cargo de Instituições e não da Câmara Municipal, que somente forneceu espaço de armazenamento conforme lhe foi solicitado, razão pela qual a vice-presidente refere, e bem, que não temos nenhum eletrodoméstico".
Relativamente aos Médicos do Mundo, refere ainda a autarquia visada na reportagem, estes solicitaram valores em troca da sua ajuda. “Ou seja, seria uma prestação de serviço a troco de dinheiro”, lê-se na nota de esclarecimento, onde acrescenta que em Castanheira de Pera, esta instituição faz prestação de serviço pago financeiramente e vende a roupa naquela sede de concelho, roupa essa que foi doada por tanta gente, algo que nunca este município fez, fará, pactuou ou pactuará”, garante.
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