Marcelo questiona professores: "É preferível zero ou alguma recuperação?"

O Presidente Marcelo aguarda para saber se aquilo que irá receber em Belém vai ser "fruto de um acordo" ou se "a posição do Governo". Só depois tomará uma decisão quanto à recuperação do tempo de serviço dos professores. Mas deixa desde já uma questão aos professores.

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Ana Lemos
28/02/2019 14:22 ‧ 28/02/2019 por Ana Lemos

País

Tempo de serviço

A semana arrancou com António Costa "pessimista" antes da nova reunião que poria (novamente) frente a frente, no Ministério da Educação, professores e Governo. A verdade é que o encontro terminou com "intransigências" de parte a parte e sem qualquer entendimento. Entretanto, o primeiro-ministro pondera voltar a aprovar o decreto '2-9-18', enquanto os sindicatos manterão o crachá '9-4-2' na manifestação nacional, agendada para 23 de março.

Para tentar acalmar os ânimos, o Presidente Marcelo lançou, esta quinta-feira, uma questão aos professores: ”O que é preferível? Zero ou alguma recuperação de tempo em 2019?

À margem de uma visita a Lagos, para assinalar os 50 anos do sismo de 28 de fevereiro de 1969, o chefe de Estado disse que ainda aguarda para saber o que vai chegar a Belém, se algo "fruto de um acordo" ou se "a posição do Governo".

Mas independentemente disso, Marcelo sustenta desde já que “a promulgação, a surgir, terá três justificações: primeiro, negociações já houve; segundo, é melhor alguma recuperação do que nenhuma; terceiro, se os partidos, respeitando a lei do orçamento, quiserem ir mais longe e conseguirem ir mais longe através de uma vontade maioritária, que suscitem a apresentação parlamentar e depois votem de acordo com a sua consciência".

Agora, prosseguiu em declarações aos jornalistas, "é evidente que se olhar para aquilo que Governo e sindicato têm dito ultimamente, nenhum deles quer o veto". Por um lado, "o Governo não quer porque acha que a sua solução é boa", por outro, "os sindicatos falam cada vez mais na ideia de que preferem a hipótese de uma promulgação com debate parlamentar a um veto que os deixa sem nada".

Contas feitas, "o que é preferível: Zero ou alguma recuperação de tempo em 2019?”, reiterou o Presidente Marcelo, avisando que um novo veto presidencial significará "zero" para os professores.

"A razão de ser do meu veto está ultrapassada. O meu veto era para lembrar que é preciso ter negociações este ano, [o que] está a ocorrer, fica o problema da substância do diploma. E aí", explicou o Presidente, "aquilo que vou ponderar é se porventura houver uma acordo, muito bem, é simples. Se porventura não houver acordo, aquilo que o presidente tem de ponderar é que um novo veto significa zero [para os professores]".

[Notícia atualizada às 14h36]

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